Dado que vivemos numa sociedade cada vez mais envelhecida, acrescem as preocupações com os cidadão mais idosos, nomeadamente a preocupação com o seu bem estar físico, psíquico e social.
Vivemos mais anos e por isso há uma forte preocupação por parte das autoridades competentes em promover um envelhecimento ativo ou bem sucedido.
Ao longo dos tempos foram-se fazendo progressos ao nível da medicina, a dieta alimentar melhorou bastante, as condições de higiene não se assemelham às de outrora, no entanto a prática do exercício físico tem ficado aquém das expectativas.
Sabemos hoje que apenas 25% a 30% da população pratica exercício físico com regularidade, o que é manifestamente insuficiente.
A comunicação social, o poder político e a sociedade em geral têm tido um papel ativo na tentativa de fomentar o gosto e a necessidade do exercício, transversal a todas as idades, nos mais novos para evitar a obesidade, nos de meia idade para prevenir doenças crónicas e nos de idade mais avançada para evitar ou diminuir a dependência, atenuar as doenças já adquiridas ao longo dos anos e evitar o seu agravamento. Além disso proporciona a integração social e a ligação ao meio onde se está inserido.
Apesar das medidas tomadas há ainda um longo percurso a percorrer, não podemos esquecer que as mudanças culturais ou outras, são alvo de resistência por parte das populações e mudar as mentalidades demorará mais uma ou mais décadas até haver plena consciência do benefício para a saúde relativos ao exercício físico.
Dispor de políticas mais eficazes de promoção da saúde através da atividade física contribuirá para outras áreas de intervenção política relativamente às quais os Estados-Membros acordaram estabelecer objetivos comuns. Ajudando a reduzir os custos sociais e económicos significativos da inatividade física e abordando importantes fatores que contribuem para um envelhecimento ativo e saudável, uma população ativa saudável e, em última análise, uma produtividade mais elevada.
As políticas europeias, tal como as nacionais vão ao encontro de estratégias dinamizadoras que atuem em conformidade com as diretivas europeias para o desporto e a sua prática, pondo ao dispor das autarquias uma panóplia de incentivos e equipamentos que permitam a participação de mais pessoas na prática desportiva.
Na minha opinião aquilo se deve continuar a fazer é demonstrar e capacitar as pessoas dos reais benefícios do exercício físico, independentemente da idade. O preconceito é muitas vezes uma entrave à participação, o aspeto físico é também uma condicionante desta prática. Deve ser interiorizado que o exercício é essencial à saúde e não serve apenas para melhorar o aspeto físico, não existe apenas pela estética, mas sim pela saúde e pelo proporcionar bem estar a quem o pratica.
A política desportiva deverá ter como um dos objetivos principais, o desenvolvimento de um movimento desportivo que contribua para melhorar a saúde pública, através da criação de oportunidades de prática de atividade física e desportiva continuada para todas as pessoas.
Neste sentido, a política desportiva deve incentivar um movimento desportivo devidamente fundamentado com programas relevantes, de grande impacto, que fomentem a prática de atividade física e desportiva para todos, promovendo a percepção de toda a população de que a prática de atividade física é um direito de todos, sejam profissionais, amadores ou praticantes de âmbito recreativo ou escolar, independentemente da raça, etnia, classe social ou género.
Considero que a sensibilização que se tem vindo a fazer junto das populações é essencial e adequada, denoto uma melhor preparação dos profissionais na área e os cidadãos em geral começam a ser cada vez mais responsáveis pela sua saúde, assim como muitos idosos já por vontade própria desenvolvem algum exercício, uns com mais rigor e outros de forma mais moderada.
A maioria dos cidadãos em consonância com o seu ritmo de vida, nomeadamente os mais velhos, sendo transversal a todas as idades devem estabelecer objetivos/metas a alcançar. Devem incluir nesses objetivos o exercício físico para melhorarem a sua saúde, integração e bem-estar. Os mais idosos são os mais reticentes na prática desta atividade, no entanto à medida que constatarem que outros adequaram esta práticas terão eles também a curiosidade de experimentar.
BIBLIOGRAFIA
Livro Verde da Atividade Física, Instituto do Desporto de Portuga
NaçõesUnidaswww.unric.org/html/portuguese/ecosoc/ageing/Idosos-Factos.pdf
Plano Nacional de Atividade Física, Instituto do Desporto de Portugal